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22 de mar. de 2007

ESPETÁCULO QUASE NADA NO TEATRO CACILDA BECKER

ESPETÁCULO QUASE NADA NO TEATRO CACILDA BECKER



Texto do dramaturgo brasileiro Marcos Barbosa fala sobre a incomunicabilidade do mundo moderno e a superficialidades das relações, com direção de Alain Brum.



O espetáculo QUASE NADA, discute questões absolutamente contemporâneas como a solidão, a superficialidade das relações, a incomunicabilidade e a falta de afeto. Com direção de Alain Brum e proposta de encenação intimista, o palco do Teatro Cacilda Becker é utilizado também como platéia e recebe cadeiras para acolher um público reduzido de 50 pessoas. A montagem reúne no elenco os atores Rubia Reame, Gisele Freire, André Antunes e Samuel Sattiro.
Numa cidade grande, um casal da alta sociedade é abordado por um menino no semáforo. Envolvidos em um acontecimento trágico, o casal, a mãe do menino e um matador profissional se relacionam movidos pela solução imediata de seus desejos. Individualidade, imediatismo, falta de afeto no âmbito familiar e distribuição de renda são alguns dos temas abordados durante a peça.

“Escrevi o texto em 2002, a partir de um esboço intitulado Quase Três. A peça trata dos desdobramentos de um exemplo corriqueiro de violência urbana”, afirma o autor Marcos Barbosa. “Pretendemos com a montagem suscitar a discussão, desde questões políticas, ideológicas e sociais até o papel que o Teatro ocupa no mundo de hoje, estimulando um olhar crítico sobre nossa sociedade e o universo em que vivemos”, afirma o diretor Alain Brum.

A montagem utiliza como proposta uma encenação fisicalizada, construindo um espaço de comunhão entre quem faz e quem vê. “É um texto musical, em que silêncios e pausas fazem parte da estrutura da peça. Minha intenção é explorar esta musicalidade, sugerida pelo autor, e traçar um paralelo entre o texto e o mundo contemporâneo”, finaliza o diretor.

Marcos Barbosa – Formou-se dramaturgo pelo Instituto Dragão do Mar de Arte e Indústria Audiovisual do Ceará, hoje extinto. É professor do curso de artes e ciências da Faculdade Social da Bahia, aluno de doutorado do Programa de Pesquisa e Pós-graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal da Bahia e autor de mais de dez textos, tais como Braseiro Minha Irmã, Auto de Angicos e Quase Nada. Incluem-se a encenação de Quase Nada no âmbito do Intercity Festival (Teatro Della Limonaia, Florença, 2004), uma participação na Residência Internacional de Dramaturgia do Royal Court Theatre (Londres, 2003) e a encenação de duas peças Quase Nada e À Mesa, também no Royal Court Theatre, em 2004. Tradutor para o português das obras de José Triana, Marius von Meyenburg, Dea Loher e Georges Feydeau, desenvolve atualmente uma pesquisa voltada para a tradução do verso dramático shakespeareano.


Alain Brum – Ator, produtor, diretor e professor de teatro. Formado pelo INDAC, Instituto de Arte e Ciência, participou de montagens como O Nome, de Jon Fosse, com direção de Denise Weinberg, e Purificados, de Sarah Kane, com direção de Paula Coelho. Como produtor promoveu debates envolvendo intelectuais como: Bárbara Heliodora, Nelson de Sá, Maria Silvia Betti e Renato Borghi.




Para Roteiro
QUASE NADA – A partir de 23 de fevereiro de 2007. Sextas e sábados às 21h, domingos às 19h. Drama Urbano. Texto: Marcos Barbosa. Direção: Alain Brum. Elenco: Rubia Reame, Gisele Freire, André Antunes e Samuel Sattiro. Duração: 50 minutos. Recomendação: 14 anos. Ingressos: R$10,00 (Estudantes, maiores de 60 anos e classe teatral têm 50% de desconto). Até 29 de abril.



TEATRO CACILDA BECKER – Rua Tito, 295 – Lapa, tel: 38644513. Capacidade 50 lugares.



(Guto Mendonça – fevereiro/2007)

Assessoria de Imprensa

Guto Mendonça

(11) 91058449

gutomendonca@uol.com.br

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