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11 de dez. de 2008

Lançamento do livro "De tantos amores e uma só paixão"

Galeria Michelangelo & O Autor na Praça

apresentam

Noite de lançamento do livro “De muitos amores e uma só paixão”, o primeiro que reúne poesias de Anna Rachel Machado, professora-titular do Programa de Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem (LAEL) – PUC-SP, co-autora dos livros Resumo, Resenha, Planejar gêneros acadêmicos, Trabalhos de pesquisa: diários de leitura para a revisão bibliográfica, que fazem parte da coleção Leitura e Produção de textos, publicados pela Parábola Editorial. Contaremos com a participação do músico “Sitarista” Krucis e outros convidados declamando poemas e textos do livro. Mais informações sobre os livros e os convidados abaixo.

Dia 17 de dezembro, quarta-feira, a partir das 19h30.
Galeria Michelangelo, no Empório Artístico Michelangelo (desde 1915).
Rua Fradique Coutinho, 798 – Vila Madalena – São Paulo – Tels. 3815 0993 / 3813 2577.
Realização e produção: Billy Tetancor, O Autor na Praça e Galeria Michelangelo.

Texto de Apresentação das organizadoras do livro “De tantos amores e uma só paixão” – “Para organizarmos esse livro de Anna Rachel, foi preciso mergulhar no universo passional da autora, selecionando os textos mais representativos dessa paixão que a consome e a faz expressar-se pela palavra, como ela mesma diz: “escrever é querer parar o tempo, diluir os espaços. É querer me tornar presente, uma vez ainda. É gritar minha existência, uma vez ainda. É querer compreender: a mim, a ti, a homens e mulheres que se cruzam e se descruzam. É querer compreender a ambigüidade dessa sensação de plenitude e vazio. É querer compreender o real de toda a representação, sempre diante do mesmo dilema: o de que a tentativa de compreender já envolve a interpretação...

Pertencemos a três gerações distintas e nossos olhares sobre a temática da paixão feminina são configurados de acordo com as nuances próprias dos contextos em que nos construímos. Entretanto, a convergência das opiniões e o consenso em quase todas as escolhas demonstram que os poemas conseguem (re)construir representações sócio-históricas do universo feminino em seus versos e torná-los atemporais. Anna Rachel discorre sobre a paixão, identificando-a ora com a placidez da natureza, ora com o som da música, transformando o cotidiano em verso, a espera pelo homem amado em rima. São versos densos, ora doces, ora amargos, sempre levados pela paixão. A paixão que aguarda, a paixão viva, a paixão que se desfaz e de novo é reencontrada ao longo da vida. E da necessidade de representá-la através da escrita, essa paixão maior de Anna Rachel. Nesta coletânea, buscamos mostrar a trajetória dessa mulher que se faz menina, amiga, amante, mãe, enfim, do ser que busca sua completude no múltiplo e na tensão dialética da vida, a tensão do encontro e da perda, da escrita e do silêncio. É com o intuito de nos conhecermos através da voz da autora, que convidamos o leitor a ouvir “o som de todos os séculos (...), de todas as vozes de todas as mulheres, de todas as vozes da Terra, de todas as vozes da Grande Mãe”. (Lília Santos Abreu-Tardelli / Maria Clara Machado / Maria Carolina Leite Moreira – orgs.)
De muitos Amores e uma só paixão – A. R. Edições – 144 páginas – R$ 20,00

Anna Rachel Machado é Professora-Titular do Programa de Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem (LAEL) da PUC/SP, pelo qual se doutorou. Fez estágios de pós-doutorado na Universidade de Genebra e no Instituto de Formação de Professores de Marselha e vem atuando como professora-convidada dessas duas instituições. Desenvolve pesquisas e assessoria a instituições de ensino, enfocando a caracterização de gêneros de texto para a produção e avaliação de material didático. É autora do livro O diário de leituras: a introdução de um novo instrumento na escola e co-autora dos livros Resumo, Resenha e Planejar gêneros acadêmicos, pertencentes à Coleção "Leitura e produção de textos técnicos e acadêmicos", da qual é também coordenadora. Além disso, organizou a obra O ensino como trabalho e co-organizou os livros Gêneros textuais & Ensino, e Atividade de linguagem, discurso e desenvolvimento humano (Bronckart, 2006). Também foi co-tradutora das obras Atividade de linguagem, textos e discursos (Bronckart, 1999) e O agir nos discursos: das concepções teóricas às concepções dos trabalhadores (Bronckart, 2008). Atualmente, desenvolve e orienta pesquisas que enfocam as relações entre linguagem e trabalho do professor, em uma perspectiva transdisciplinar. É líder do Grupo de Pesquisa ALTER – Análise de Linguagem, Trabalho, Educação e suas Relações (CNPq) e colaboradora do projeto de pesquisa do Grupo LAF (Langage – Action - Formation), da Universidade de Genebra.
Saiba Mais sobre Anna Rachel Machado.

A escrita nossa de cada dia – “ Com palavras de que já não me lembro com exatidão, Clarice Lispector dizia querer escrever o instante. Sempre achei que isso significava algo como captar o momento pela escrita: reter aquele instante que, por estar registrado - e não apenas na memória - não mais nos escapa. Foi ainda Clarice que, mais de uma vez, se disse “vivendo e escrevendo”. Assim mesmo: uma coisa em função da outra. Provavelmente, imaginava que essa prática casada era uma forma de viver e reviver aqueles instantes de que só nos restaria a memória. Acredito, portanto, que essa vida-escrita pode ser entendida como uma forma de dar espessura e consistência ao vivido. E também como uma forma de lembrar, aqui e agora, que não deixamos inteiramente de ser o que já fomos, que somos feitos de ontem e de hoje.

Curiosamente, a primeira vez que comentei um texto de Anna Rachel, tratava-se de uma comunicação científica para uma mesa-redonda de que eu também participava. O tema eram os diários de leitura, um instrumento didático que, à época, ela utilizava em sua prática docente na universidade, ao mesmo tempo em que o pesquisava. Nesses diários, os alunos eram convidados a tomar suas próprias leituras como experiências a serem registradas enquanto aconteciam. O objetivo? Permitir que cada um percebesse, em si mesmo, como se processa a leitura, em diferentes tipos de textos. E assim, pudessem viver, diante dos registros efetuados, uma nova experiência: uma reflexão pessoal, capaz de dar maior consistência e eficácia aos instantes ali registrados.

Os poemas desse livro não são de uma escritora. Mas manifestam a mesma demanda clariceana de escrita. Nesse sentido, testemunham uma biografia; no caso, uma vida-escrita, uma autobiografia de um tipo bastante particular. Mas não se trata de um aspecto qualquer da vida. Esses poemas são, como diria Barthes, fragmentos de um discurso amoroso. Tratam da (in)disciplina do amor: a espera, o (des)encontro, a dúvida, o rapto amoroso, a ternura, a falta. Evidentemente, não registram fatos; apenas os pressupõem, retendo deles um gesto, uma sombra, um perfume.

Ora, assim como os diários de leitura, esses poemas são “escritas de si”, para usar uma noção oportuna de Foucault. Não foram escritos para figurar num cânone literário, mas para fazer parte de uma vida, para configurar uma subjetividade, para ajudar sua autora a se dar uma vida e a partilhá-la conosco. Mas também vieram para viabilizar um ofício, que é o de ensinar a ler e escrever, o de pesquisar a leitura e a escrita. Espero que encorajem a todos a experimentarem escrever-se. Sem falar, é claro, no recado que, segundo Barthes, está em todo discurso amoroso: “Assim sendo, é um enamorado que fala e que diz...” (Egon de Oliveira Rangel).

Krucis - Discípulo de Ustad Aashish Khan, expoente da Senia Gharana, escola de tradição de Maihar e Calcuta. Aashish Khan ministra aulas no Ali Akbar College, em San Rafael e Aashish Khan School of Music em Los Angeles (USA). Krucis apresenta-se em recitais de Música Clássica Indiana através do “Sitar” e com os Harmônicos da voz, Kirtan, Qawali da tradição Sufi, assim como as suas possíveis fusões com outras tendências musicais com músicos brasileiros e internacionais. Realiza palestras sobre o processo da “Ecologia Interna”, e a importância da harmonização. Nessa área, tem trabalhos realizados junto à Unipaz (Universidade da Paz), Institutos de Yoga, Fundações, Empresas, Spas e unidades do Sesc pelo Brasil. Com o segmento “ NADA YOGA” - junção da música com as posturas de Yoga – procura ressaltar a importância das vibrações que nos cercam, enfatizando “O Poder do Som” em nossas vidas e como esse alimento nos afeta. Workshop “NADA BRAHMA” – exercício de escuta interna na busca da sutileza sonora. MEHFIL– Encontros em empresas ou residências, onde é levado o aspecto cultural e terapêutico da Musica Indiana através do som do Sitar, instrumento do Norte da Índia do sec. XIII, e dos Harmônicos da Voz da tradição Sufi. Em 1997, durante as festividades do 50º aniversário da Independência da Índia, foi homenageado pelo Governo Indiano em reconhecimento ao seu talento e pelo trabalho de divulgação da Música Clássica Indiana no Brasil. No ano de 2000, recebeu uma comenda do Consulado Geral da Índia em São Paulo. Participou do encerramento da “ Teia da Paz “ na cidade de Curitiba durante a visita de S.S. Dalai Lama ao Brasil. Saiba mais sobre Krucis.
Krucis e Edgard Silva interpretam Raga Bhairavi no programa Mão na Massa (Show Livre): http://www.youtube.com/watch?v=Iq7OSd2qqLE

Sobre a Galeria Michelangelo - O Empório Artístico Michelangelo é, desde 1915, uma referência em São Paulo para o público ligado às artes plásticas, bem como para profissionais de engenharia, arquitetura e publicidade. Em 1990, foi inaugurada a Galeria de Arte Michelangelo na loja da Av. Faria Lima, com a proposta de mostrar ao público de São Paulo, além de pinturas, o grande acervo do Empório (coleção adquirida durante muitos anos de relacionamento direto dos irmãos Cesare e José Colasuonno, os fundadores, com os artistas). Em 1993, surgiu o Prêmio Michelangelo de Novos Talentos, concurso que premiava a cada ano cinco novos talentos da pintura, inclusive com bolsas de estudo no exterior. Em 2008, depois de muito tempo de pesquisa e adequação às novas necessidades e aos perfis dos clientes artistas, foi inaugurado um novo espaço na Vila Madalena, em São Paulo. O projeto desse novo espaço foi baseado no conceito de "living gallery", muito em voga na Europa. O profissional ou o admirador das artes em geral não freqüenta mais as galerias de arte como simples protagonista ou expectador, respectivamente, mas busca nelas seu habitat de maior conforto e prazer. Assim surgiu na Vila Madalena, bairro preferido de artistas e intelectuais há gerações, o Empório Artístico Michelangelo, que reúne, em um mesmo endereço, a loja Michelangelo, voltada para as artes plásticas, desenho técnico e artesanato; a galeria Michelangelo, vitrine de novos talentos das artes; a Oficina de cursos livres e o Café Michelangelo.
www.emporiomichelangelo.com.br e loja1@emporiomichelangelo.com.br.

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